
Meu pai assumira a construção,naquela época, de mil casas populares. Olhava pro alto e via movimento, tijolos, pessoas... Contando tudo isso me sinto lá.
Em nossa casa sempre tinha materiais de construção em uma garagem construída de madeira, que nem o barracão lá da obra. O carrinho de mão velho e amassado ficava lá. Algumas vezes me lembro do movimento do carrinho, da brincadeira de correr... mas quem empurrava o carrinho? Não me lembro. Quando nasceu meu irmão, me lembro dele gordinho e alguém empurrando. Será que era meu pai? Bem que poderia ser, porque lembrança de brincar, de rir, de amor... é a melhor lembrança do mundo.
Lembrança de saudade... essa só é boa quando se tem certeza da volta ao abraço, como vivo hoje pela ausência do filho que viaja, mas vai voltar.
Quando é lembrança de adeus ... não coisa boa não. Pra essa o remédio é lembrança do vento no rosto e o balanço do carrinho de mão... mesmo sem saber ao certo de quem deveras era a mão que conduzia o carrinho. Por certo eram mãos de amor....isso é o que importa!!!
3 comentários:
nossa!
Mamae poeta...
tb lembro de quando construimos nossa casa no guarani. Os enormes buracos que aos poucos eram preenchidos por blocos, daqueles cheios de brita pequenininha. Lembro do pai e tio Marcondes andando de um lado pro outro, da vó Lairce servindo café e pao com manteiga tb... doriana, a melhor da época...
As lembrancas sempre sao muitas... aos poucos vao dando lugar a planos e projetos, mas sempre deve haver um lugarzinho pra elas... é o que nos faz ser mais humanos...
amo vc mae!
Bjokas
Amei este texto e a foto também!!!!
beijos!
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